Tutor encontrou o gato assobiando. Crie maneira exclusiva de se comunicar com seu gatinho (SP)

Essa história é uma delícia porque em curto tempo teve um desfecho feliz e, aliás, muito criativo. Começa no dia 1º de abril de 2022 quando César Augusto Vaz viajou deixando seu gato, o Magrelon, sozinho em sua casa em um condomínio de São Carlos (Interior de SP). Quando César retornou, no dia 4, o gatinho tinha sumido e havia fezes e xixi dentro da casa - coisa que Magrelon não costumava fazer. 

Abre aspas: Teria ficado revoltado com a ausência do tutor e sujado a casa de propósito ou enfrentado um gato invasor que aproveitou pra marcar território?

Como qualquer tutor, César também se desesperou e passou a procurar o gato em todo canto chamando por ele de dia e de noite. Acionou até os bombeiros porque desconfiou que o gato tinha se enfiado embaixo do muro de uma das casas do condomínio. 

Mas sabem como Magrelon "deu as caras" no dia 7? Respondendo ao "assobio" (ou assovio, que é forma mais usada em áreas rurais) do César!

Então, você que tem gato, anota essa dica:

"Tem que saber se comunicar com seu animal de uma forma única. Desde pequenininho me comunico com ele assoviando. Inclusive uma outra vez que ele se perdeu também o encontrei dessa forma. Criar uma comunicação é essencial. Sem assoviar talvez fosse bem mais difícil achá-lo. Nesse caso em particular, consegui chamá-lo de longe. Eu estava na rua e ele ouviu meu assovio do alto de uma casa"

Vejam o vídeo do reencontro:



Mas calma! Cuidado para não deduzir que apenas a comunicação "diferenciada" como um assobio ou emitindo algum outro tipo de som é o suficiente para achar um gato. Antes de tudo tem que saber onde procurar e evitar, por exemplo, um erro muito comum que é sair procurando pelo gato no bairro de carro. Normalmente os gatos ficam perto de casa quando escapam ou se perdem, ou seja, na vizinhança.

Foi por isso que, ao prestar consultoria ao César e conhecer os arredores da casa dele por meio de vídeos, logo o orientei para focar seu condomínio e o condomínio ao lado, pois, aquele ambiente lotado de casas, árvores cheias de passarinhos e frequentado por muitos outros gatos era uma verdadeira e deliciosa "cidade" para um gatinho jovem e ainda não castrado explorar.

Conclusão:  Magrelon provavelmente tinha ido pra "balada"

Havia ainda relatos que alguns gatos adentravam o condomínio vizinho, por isso pedi ao César para verificar da onde eles vinham porque talvez Magrelon estivesse por lá, digamos, tentando fazer "amizade" ou tentando ganhar alguma gatinha no cio. O pai de César também notou uma casa cheia de gatos ao lado desse outro condomínio e era justamente nesse trecho que Magrelon estava.



Mas a telepatia também pode ter relação com esse reencontro. Vejam que interessante:

"A gente tem que fazer orações e se comunicar telepaticamente porque o universo sempre vai te ajudar, principalmente se vc for uma pessoa de coração bom. Fiquei doente com dor de garganta e nem ia sair de casa naquele dia, mas resolvi comprar algum remédio e, na volta, aproveitei para procurar o Magrelon porque a farmácia fica na frente do condomínio vizinho. E, de repente, fui guiado exatamente para o ponto onde ele estava e tive o ímpeto de assobiar".

Bacana e curioso esse desfecho, não é mesmo? Sempre reforço a importância de se comunicar mentalmente com o gatinho desaparecido porque o tutor pode sonhar com alguma pista da onde ele está ou então ter alguma intuição na direção dele, que acredito ter sido o caso do César.

"Meu gato deve ter ido atrás de uma galera de gatos ou de uma gatinha, conforme a consultora da BuscaCats disse ser uma das hipóteses mais prováveis. Mas deu tudo certo graças a Deus, ao Universo e à consultora, pois se não fosse por ela não teria recebido tantas orientações que também ajudaram muito. O trabalho dela é muito bacana e eu recomendo".



E agora?

Agora Magrelon vai entrar numa "linha dura" até ser castrado, ou seja, nada de "baladinha". Também vai ganhar uma coleira com identificação e eu recomendo as de "neon" para refletirem no escuro e com elástico anti-enforcamento.

Mas tem outra coisa muito importante para sinalizar: nem todo gato tem a sorte que Magrelon teve. Nessas "saidinhas" os gatos podem ser envenenados, atacados por cachorros, atropelados, ficar doentes, feridos ou presos em algum lugar. Então evite que ele tenha acesso à rua. 

Mas e nos condomínios?

Claro que nesses condomínios de casas, os gatos geralmente vivem soltos por conta da topografia desses locais. Eu mesma já peguei outros casos de gatos que foram parar em condomínios vizinhos ou se perderam até mesmo dentro dos próprios condomínios onde vivem. Então, nesse caso, é fundamental que esses bichanos carreguem identificação e que, no caso de sumirem, sejam imediatamente e minuciosamente procurados na vizinhança porque uma  inocente "balada" pode sair cara.

Texto: Fátima ChuEcco - Jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos da BuscaCats

http://buscacats.blogspot.com

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