Perdida, Charlotte adotou forro de telhado como abrigo. Fica o alerta!

 

A gatinha comunitária Charlotte protagonizou uma história que confirma um dos locais preferidos de gatos perdidos: forro de telhado. Foi adotada, mas fugiu. Sem saber onde se abrigar a quilômetros de distância do lugar onde era cuidada por voluntários, Charlotte descobriu uma casa vazia, cheia de tralhas velhas e com as telhas quebradas, o que dava acesso a um forro protegido da chuva e de pessoas estranhas.

Vejam o local e a primeira tentativa de pegá-la (essa série de vídeos curtinhos servem de alerta par tutores lembrarem de procurar gatos perdidos em forros):

E mais uma segunda tentativa:


E a terceira tentativa:


Charlotte não fugiu e aceitou comida, mas não se deixou pegar. Ela se escondeu ainda mais no fundo do forro como que dizendo: "Não vem que não tem. Daqui não saio, daqui ninguém me tira".

É muito comum um gato perdido, ainda que seja encontrado por seus tutores ou cuidadores, não ceder ao contato. Eles ficam traumatizados e desconfiados depois de uma temporada num ambiente hostil, cheio de outros gatos que defendem seu território.

Casos assim podem ser resolvidos com a ajuda de uma gatoeira (armadilha para pegar gatos sem machucá-los). Para esse trabalho, que precisa ser muito bem executado, foi então chamado o Eduardo Pedroso, veterano na captura de gatos, inclusive, de grandes colônias de SP e em outros estados.

Na manhã seguinte Eduardo já estava colocando a armadilha na casa vazia. Vejam o resultado:

Eduardo com Charlotte

Foi rápido, indolor e eficiente! Ufa!

Vanusa, Mariana e Eduardo com Charlotte

Mas antes de ser "descoberta" e finalmente resgatada por meio de gatoeira, passaram-se 30 longos dias! Os cuidadores da gatinha fizeram de tudo: checaram câmeras de vídeo, espalharam cartazes, colocaram post nas redes sociais, fizeram mutirões de buscas e rezaram. 

Mas havia nas ações uma falha que é muito comum ocorrer: a busca pelo bairro e pouco foco no entorno da onde a gata escapou.

Quando o caso chegou até mim já haviam se passado 25 dias de sumiço da gata, sem qualquer pista da onde ela poderia estar. Foi quando insisti que toda a busca se concentrasse no trecho mais provável de suas andanças e não por ruas mais distantes. Havia muitos locais para a gatinha se esconder e, inclusive, ficar presa acidentalmente. Além disso, havia muitos gatos vivendo soltos na região e a tendência do gato perdido é tentar se aproximar de outros gatos.

Inclusive, Charlotte usava um localizador e a última posição dela detectada era justamente nesse trecho repleto dos mais variados esconderijos.

Minha estratégia incluiu pontos de alimentação, checagem de imóveis vazios e cartinhas de sensibilização da vizinhança. 

O primeiro resultado da estratégia foi uma moradora local receber a cartinha e avisar que uma gatinha como Charlotte estava indo comer ração do seu cachorro e da sua gata. Charlotte é mansa, mas também muito assustada e, por isso, a moradora não conseguia se aproximar dela. 

As voluntárias Vanusa e Mariana então se dirigiram para uma casa vazia que fica nos fundos da onde Charlotte estava sendo vista. Foi quando ela surgiu no forro (conforme vídeos acima). Nossa... que alívio! 


Meu trabalho, por meio da consultoria sobre gatos perdidos na @BuscaCats teve início na sexta à noite (dia 25 de julho) e final feliz na terça-feira (29 de julho) - apenas cinco dias depois.

E Charlotte merecia esse desfecho. Hoje, com pouco mais de um ano de idade, ela já passou por muitas dificuldades. Teve filhotes quando ainda era muito nova. Sem beira nem eira acabou acolhida por voluntários que já cuidavam do Tito.

Depoimento da Vanusa Castro:

"O Tito é o amor da vida da Charlotte. Estou muito grata à Fátima ChuEcco por toda a orientação, pois, foi através da estratégia que ela criou que localizamos a Charlotte. Ela e o Eduardo Pedroso são pessoas iluminadas! Devolveram a alegria para a Charlotte e também para nós que a amamos tanto".

 Vejam os dois juntos assim que Charlotte voltou. Tito ainda um pouco desconfiado porque Charlotte devia estar cheirando qualquer coisa, menos ela mesma:


Querem mais cenas de romance? Segue:


Contato do Eduardo Pedroso (profissional em resgate): Whats app 11 94701-1776
Contato da @BuscaCats/Fátima ChuEcco: Whats app 11 94682-6104

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista ambientalista e atuante na causa animal, consultora e fundadora da @BuscaCats e da editora de fotolivro www.miaubookecia.com
Fotos e Vídeos: Vanusa e Mariana





Comentários